A maioria dos seres humanos já sentiu, em algum momento da vida, como se o mundo tivesse repentinamente se tornado totalmente cinzento e sem nenhuma cor.
Esta sensação sempre está relacionada ao nosso estado interior. A noite negra da alma contamina com sua escuridão tudo o que está à nossa volta. A origem de nosso sofrimento vem da negação de um princípio bastante simples: a vida é dor e prazer. Por isso, devemos vivenciar cada um destes momentos, quando eles se apresentam, sem esquecermo-nos de seu pólo oposto.
Quando a alegria bate à nossa porta, é fundamental que nos entreguemos com toda a intensidade, sabendo que ela é efêmera como a própria existência. Não deixemos escapar as oportunidades de ser feliz, sejam quais forem os motivos.
Do mesmo modo, quando a dor se apresentar, devemos encará-la de frente, vivenciando-a, porém, com o sentimento interior de que ela também passará, como tudo o mais.
É preciso um esforço consciente para não permitir que o sofrimento nos torne cegos à beleza da vida. Sempre é possível recuperar a alegria de viver, basta que desejemos isto com todo o poder de nossa vontade.
Aliviar o sofrimento alheio pode ser um poderoso antídoto contra a nossa própria dor e é um valioso instrumento de cura, capaz de trazer de volta a cor ao nosso mundo cinzento.
Olhar à nossa volta, buscando encontrar no cotidiano razões que nos encham o coração de alegria, é um exercício que deve ser repetido diariamente, quando o desânimo toma conta de nós.
Mantenha a mente sintonizada com tudo o que a vida tem de belo. E reflita sobre as palavras de um maiores poetas de nossa música popular, Luis Gonzaga Junior, o Gonzaguinha, numa de suas composições mais inspiradas:
:: Elisabeth Cavalcante ::